PROJETO BIENAL DE VENEZA-1º/7/2023 a 24/11/2024
Publicado em 24/08/2023
Oscar D'Ambrosio (Pós-doc em Educação, Arte e História da Cultura, Ms. em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte), escreveu sobre o meu trabalho
Sagrada Ceia das Etnias, 2016
Eloir Jr. (@eloirjr.arteparanaense)
acrílica sobre tela
50 x 100 cm
As obras do artista curitibano se caracterizam por terem como fundamento pesquisas que valorizam a convivência entre diversas culturas no Estado do Paraná, tanto as indígenas como as escravizadas e as europeias. Nesta pintura, ao centro, no lugar de Jesus na Santa Ceia, está o cacique Guairacá. Ele, que teria dito “Co ivi oguereco yara!” (“Esta terra tem dono”), entre 1550 e 1601, liderou mais de 100 mil índios, enfrentando e derrotando os espanhóis, impedindo que eles conquistassem o atual território do Paraná. Ao lado dele, a imagem apresenta, como apóstolos da “Sagrada Ceia”, as etnias que formaram a região. A cena se dá em uma casa eslava, com diversos itens representativos dos povos da região, e, sobre a mesa, compondo o ambiente e unificando a alimentação da cena, há pinhões, tradicional símbolo do Estado.
Oscar D’Ambrosio
“Foreigners Everywhere” (“Estrangeiros em todo lugar”), título para a 60ª Bienal de Veneza. Para o curador, o brasileiro Adriano Pedrosa, “artistas que são eles próprios estrangeiros, imigrantes, expatriados, diaspóricos, emigrados, exilados e refugiados”. A ideia do “straniero” – estrangeiro ou forasteiro – é parte integrante de seu conceito curatorial, referindo-se ao “artista queer, que se moveu em diferentes sexualidades e gêneros, muitas vezes sendo perseguido ou banido; o artista outsider, que se situa à margem do mundo da arte, assim como o autodidata e o chamado artista popular; ou como o artista indígena, frequentemente tratado como estrangeiro em sua própria terra”.
O objetivo deste projeto é acompanhar as discussões do evento: “O pano de fundo do trabalho é um mundo repleto de múltiplas crises relativas ao movimento e existência de pessoas entre países, nações, territórios e fronteiras, que refletem os perigos e armadilhas da linguagem, tradução e etnia, expressando diferenças e disparidades condicionadas pela identidade, nacionalidade, raça, gênero, sexualidade, riqueza e liberdade”, segundo o curador.
Publicado em 14/02/2023
Publicação cultural sobre o meu trabalho, de Oscar D'Ambrosio, Pós-doc em Educação, Arte e História da Cultura, Ms. em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte.
Gentis tradições, de Eloir Jr. (@eloirjr.arteparanaense)
O revestimento conhecido como petit-pavé, a araucária, os lambrequins e os pinhões, de maneira mais realista ou estilizada, são ícones utilizados pelo pintor para criar ambientes vinculados a esses povos. Especificamente nestes trabalhos, as figuras femininas oferecem o pão e o sal.
O pintor retoma assim uma tradição em que os donos da casa recebem, com esses alimentos, os convidados, que devem pegar um pedacinho do pão e mergulhá-lo no sal. É estabelecida assim uma especial relação de gentil, carinhosa e sólida confiança entre o visitante e o proprietário de um local.
Essa troca pura e sincera de agrados torna-se a metáfora da prosperidade (o trigo, associado ao pão) e de afastar os maus espíritos (a proteção do sal). As obras de Eloir Jr., assim, ao valorizarem culturas do Paraná, alertam para o papel da arte para consolidar tradições que fundamentam valores que auxiliam a construir uma sociedade harmônica.
Oscar D’Ambrosio
Eloir Jr.
“Natasha Babushka” e “Olenka Babushka”
acrílica sobre telas PET
80 x 60 cm (cada)
Publicado em 05/12/2022
Publicação cultural de Oscar D'Ambrosio, Pós-doc em Educação, Arte e História da Cultura, Ms. em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte, sobre o meu trabalho.
Eloir Jr.
Babushka Palhaço Chic-Chic
Pula Violeta, pula!
acrílica sobre tela
50 x 50 cm
A produção visual do artista curitibano tem como foco a cultura eslava da Polônia e Ucrânia, povos de grande importância na formação do Estado do Paraná. Dentro da estética das babushkas (avós), bonecas de madeira pintada que se encaixam uma sobre a outra, que o caracterizam, Eloir Jr. homenageia Chic-Chic, um famoso palhaço paranaense, passeando com sua cachorrinha de pano, Violeta, pelo calçadão petit-pavé. Esse nome era dado às pedras portuguesas utilizadas na pavimentação de calçadas nos anos 1930 e 1940, na região central de Curitiba, que comumente retratavam o pinhão, a semente da araucária, árvore nativa do Estado. O palhaço Chic-Chic, com seu bordão “Pula, Violeta, pula” era vivido por Otelo Queirolo. Ao falecer, em 1967, foi substituído por Chic-Chic Júnior, interpretado por seu sobrinho, Lafayette Queirolo, que morreu em 1996. Ambos deixaram risonhas lembranças no público, que a imagem deste post eterniza.
Oscar D'Ambrosio
Publicado em 02/09/2022
Oscar D'Ambrosio, pós-doc em Educação, Arte e História da Cultura, Ms. em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte, é um importante intelectual da cultura nacional, o qual publicou este poético comentário sobre o meu trabalho da série Selfies. Agradeço muitíssimo!
@eloirjr.arteparanaense
Selfie das Babushkas no Jardim Botânico de Curitiba
acrílica sobre tela
40 x 50 cm
A araucária
observa a selfie
e
as flores
sorriem.
Oscar D’Ambrosio
Saudações setembrinas. 02.09.2022
Publicado em 02/08/2022
Batalhão de Babushkas Ucranianas, Putin não nos assusta!
pintura em acrílica sobre madeira
15 x 19 x 08 cm o conjunto todo
2022
Batalhão de Babushkas Ucranianas, Putin não nos assusta!
pintura em acrílica sobre tela da reciclagem de garrafas PET
20 x 20 cm
2022
“F ... - SE Putin!”
pintura em acrílica sobre tela da reciclagem de garrafas PET
20 x 20 cm
2022
O artista visual curitibano Eloir Jr. criou uma arte-manifesto sobre a guerra na Ucrânia em suas partes. Dentro de sua temática habitual, que é a cultura eslava da Ucrânia e Polônia, povos muito presentes na colonização de Curitiba e do Estado do Paraná, as Babushkas, carinhosa denominação para vovós, são uma constante. Na primeira obra, no contexto do conflito instaurado em 2022, as tradicionais bonecas de encaixar umas nas outras, típicas figurações do leste europeu, são transformadas em um batalhão a defender a Ucrânia. Elas trocaram seus múltiplos ofícios por armas bélicas. Pincéis e palcos ficaram abandonados enquanto elas vestem as cores nacionais (azul e amarelo) para lutar contra a invasão russa, buscando preservar as suas tradições, cultura e família. No segundo trabalho, essas senhoras, geralmente afáveis, externam sua repulsão a Putin com gestos obscenos, palavrões e malcriações, como mostrar a língua, manifestando seu protesto pelas pessoas dizimadas pela guerra.
Oscar D’Ambrosio
Pós-doc em Educação, Arte e História da Cultura, Ms. em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte, é um importante intelectual da cultura nacional, o qual escreveu e publicou esta importante análise sobre a minha produção artística como arte manifesto, sobre a guerra na Ucrânia.
Publicado em 03/12/2021
“Caro Eloir pelo seu rico trabalho potenciado pela originalidade e beleza! É pura arte do mais alto quilate!”
Naura Syria Carapeto Ferreira
Professora Dra. em Cultura e Educação
Publicado em 05/11/2021
Projeto cultural “Novembro Azul”
O artista visual curitibano Eloir Jr., em “Gralha Azul Eslava”, pintada com tinta acrílica sobre tela (30 x 40 cm) homenageia a ave declarada símbolo do Estado do Paraná pela Lei Estadual nº 7957, de 1984. A obra foca o pássaro e lhe atribui caraterísticas plásticas próprias da poética do artista, como as tradicionais Babushkas, ligadas à cultura eslava da Polônia e Ucrânia, povos de grande importância na colonização e na cultura da cidade de Curitiba e do Estado. As bonecas constituem o corpo do pássaro, que está pousado em um galho de uma araucária e segura no bico um pinhão, árvore e semente igualmente identificados à cidade natal do artista. O conjunto, além da questão regional, apresenta uma cena em que a gralha se comunica intensamente com a natureza, podendo ser vista como uma representação visual que mostra como o cuidado da realização artística e a cultura local podem caminhar lado a lado com leveza e qualidade, trazendo informação e prazer estético.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, graduado e em Letras (Português/Inglês) pela Faculdade de Letras e Educação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Literatura Dramática pela ECA-USP, mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, doutor e pós-doutor no Programa de Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie e crítico de arte.
www.oscardambrosio.com.br
Publicado em 31/10/2021
Proposta de Desafio Criativo – Tema: Passagens
BaBurkas, de Eloir Jr.
Artista plástico de Curitiba, PR, Eloir Jr. apresenta uma produção visual voltada para a cultura eslava da Polônia e Ucrânia, muito importante na colonização de seu Estado. Desenvolve uma linha de trabalho com as Babushkas, as célebres bonequinhas que, umas dentro das outras, estão plenas de conotações ligadas à vida, à fertilidade e à continuidade das gerações. Tendo em vista os recentes acontecimentos no Afeganistão, com a retomada do poder por grupos radicais islâmicos, surge a tela (80 x 60 cm), pintada com tinta acrílica, intitulada “BaBurkas”. São Babushkas vestidas com burkas, veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos, onde há uma rede para se poder enxergar, dentro de uma concepção religiosa que as mulheres devem se vestir e se comportar modestamente em público. No quadro, da esquerda para a direita, temos uma médica, fazendo uma “selfie”, uma advogada e uma educadora. Logo atrás, o arame farpado indica a repressão à mulher e o vermelho indicia a violência contra aquelas que não seguem as determinações do Taliban. As pombas, símbolo tradicional e internacional da paz, apontam para a possibilidade futura de uma passagem para uma sociedade de harmonia e de liberdade, principalmente para as mulheres exercerem as profissões que escolheram.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, graduado e em Letras (Português/Inglês) pela Faculdade de Letras e Educação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Literatura Dramática pela ECA-USP, mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, doutor e pós-doutor no Programa de Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
www.oscardambrosio.com.br
Publicado em 29/09/2021
“De encher os olhos, Eloir! Viva a arte! Viva ter você como instrumento da arte, um multiplicador de conhecimento. Parabéns!”
Alvaro Posselt – Poeta curitibano
Publicado em 20/02/2021
“Eloir, teu trabalho já e um patrimônio artístico e cultural! Parabéns!!!”
Marinice Skalski Costa-Artista Visual Paranaense
Publicado
em 18 de maio às 22:46
Arte em tempo de coronavírus
(200)
Seja na obra produzida em madeira, com colagens de bulas de medicamentos, E.V.A., tintas acrílicas e fitas, ou nas pinturas com tinta acrílica sobre tela, as máscaras, às vezes feitas com wycinanki (recortes poloneses de papel colorido), retratam um momento mundial em que elas são um símbolo de amor individual e coletivo.
As obras do artista, em tonalidades harmoniosas, incluem ainda símbolos locais, como a gralha azul. A presença da redenção e da esperança ao período de isolamento preventivo se fazem presentes em um ramo de oliveira, no carinho de uma mãe com a planeta, na fé de uma vela acesa ou no ato de oferecer máscara a quem não tem.
O mais tocante na série de Eloir Jr. é o amplo sentido da palavra “profilático”, entendido não apenas como um conjunto de medidas de prevenção contra uma doença, mas como uma manifestação artística que traz a talentosa expressão de uma mensagem de solidariedade e de união entre povos, culturas e pessoas por um bem maior: a saúde coletiva.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br
Publicado em 05/12/2020
"Parabéns amigo querido! Que lindo, ver sua obra ser destaque em uma reunião diplomática. Você é uma referência da arte eslava no Paraná e no Brasil."
Fabiana Tronenko - Embaixatriz da Ucrânia no Brasil
Publicado em 02/08/2018
“Graças ao Artista Eloir Amaro Junior, as bonecas eslavas, tornaram-se curitibanas e são nossas !!!” Oksana Boruszenko, Professora Dra. em História e Cultura Eslava. Autoridade em cultura ucraniana. Considerada pela comunidade acadêmica internacional uma das grandes especialistas em sua área de pesquisa.
Publilcado em 10/08/2017
“Tenho acompanhado seus trabalhos e vejo uma consolidação de uma obra muito representativa de sua ótica de preservação das suas raízes que são tão caras a todos que convivemos com o Paraná multicultural”. Abraços, Fernando Velloso.
Fernando Velloso, foi Diretor do MAC, é Membro efetivo do Conselho Estadual de Cultura, Museólogo, pintor, gravador e Crítico de Arte.
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