LENDA DO GALINHO DE BARCELOS
Segundo a lenda, os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa.
Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem."
O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.
Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.
A NOIVA VESTIDA DE NEGRO
Conforme a lenda portuguesa, as noivas casavam-se vestidas de preto até o início do século XX, devido a uma tradição de que seus seus futuros maridos iriam ao mar e não mais retornariam, então tratava-se de um luto antecipado, onde as lindas raparigas já casadas mostravam seus dotes em kilos de ouro filigramados como adereço de pescoço e orelhas, tudo sobreposto em um riquíssimo traje negro de noiva em veludo preto bordado com fios de pura prata, chinelas(tamancos) bordadas com o emblema da coroa portuguesa, sua grinalda era um lenço de renda branca e nas mãos carregavam uma vela branca com adornos de lírios brancos sobre um lenço de mão bordado com desejos de felicidades no matrimônio.